1 ? - 2 Giácomo Paro - 3 Benedito Paro - 4 Padre Jaime Garzaro - 5 ? - 6 ? - 7 Angelo Paro - 8 Ernesto Benediro Paro - 9 Antonio Paro (ao lado da igreja de Monte Belo, veja que ainda era janela)
FAZENDA MONTE BELO - "Bairro Monte Belo"
O início e desbravamento da fazenda Monte Belo se deu no
alvorecer do século vinte com a aquisição de uma grande gleba de terras pela
família Paro.
O Cel. Luiz Paro (Amábile Vello) construiu sua casa sede da fazenda na margem esquerda do córrego do Monte Belo e seu tio Sr. Benedito Paro (Luiza Cardini) e seu primo Sr. Henrique Paro (Silvia Segantini) construíram as sedes de suas fazendas na margem direita do córrego. Benedito construiu a primeira casa sede de tábuas no ano de 1911 e a segunda de alvenaria no ano de 1924. No ano de 1915 o Sr. Benedito Paro construiu em sua fazenda uma escolinha e contratou por sua conta uma professora para dar aulas aos filhos dos colonos. O primeiro prédio da Escolinha foi de madeira, anos mais ttarde construiu outro prédio de tijolos. E em 1928 construiu a Igreja. Contribuiu também com 2:500$000 para a construção da Matriz São José de Colina. Em 1953 seus filhos Antonio e Giácomo doaram ao Estado um lote de terra onde o Governo, por intermediação do vereador João Paro, construiu um Grupo Escolar, Grupo este que, anos depois para homenagear os doadores do terreno foi denominado Grupo Escolar Benedito Paro e posteriormente Escola Municipal Benedito Paro. (Essa família Paro são descendentes de Luigi Paro e Giovanna Gobbo.)
O Sr. Pietro Paro (Luigia Piveta) construiu ao lado direito
do riozinho (para distinguir das outras, essa família denominamos Paro do
Zelão).
Também o Sr. Pedro Paro (descendente de Giovanni Paro e
Giusephina Bernardi) construiu na margem direita (essa família denominamos Paro
de Tres Lagoas).
E mais abaixo seguindo o riozinho a família Alves construiu
sua sede à margem esquerda do córrego.
O Bairro Monte Belo divisava com as fazendas: Hespanhol, São
Braz, Figueira, São José dos Macacos, Consulta, Spechoto, Hugo Borges, Gurita
(família Paro, Parão da Gurita).
Todas as fazendas do Bairro Monte Belo cultivavam café,
milho, arroz, feijão, amendoim, abóbora, etc...
No Monte belo tinha um bom campo de futebol todo murado com
um bom serviço de bar, onde o time local disputava o campeonato amador
organizado pela Liga de Barretos. Dois bons campo de Bótia (Bocha), campo de
malhas e debaixo das árvores disputavam ferrenhos torneios de truco e outros
jogos de baralhos. Um bom armazém (venda) onde vendia quase de tudo o que o
lavrador necessitava; inclusive até aplicava-se injeções à quem necessitava em
suas enfermidades. Tinha uma barbearia sempre com bons barbeiros como o Sr
Domingos Torelli, o Osvaldo Moretti, Leonildo Panhossi e outros.
Um Grupo Escolar que atendia, além de todas as crianças do
Bairro na idade escolar, as crianças de todas as fazendas circunvizinhas ao
Monte Belo. Este estabelecimento escolar serviu também por vários anos como
sala de cinema, onde todos os sábados à noite rodavam filmes de longa metragens
e seriados. Quem doara este projetor cinematográfico foi o Sr. Henrique Paro.
Uma Igreja muito bonita com Missas freqüentes, nessa Igreja
tinha a Congregação Mariana, o Apostolado da Oração e a Côrte de São José, uma
boa catequese da Primeira Comunhão ministrada por bons catequistas, onde
destaco o Sr Antonio Benedito Paro e sua filha Lúcia Paro. A noite tinha a
récita do Terço, devoção popular muito participativa pela comunidade, inclusive
as crianças, onde moços e moças apos a reza aproveitavam para os encontros e
namoros no caminho de volta até a casa da namorada. A meninada voltavam
brincando e os adultos casados voltavam contando causos e falando das lavouras.
Todo ano uma Imagem de Nossa Senhora de Fátima peregrinava em
todas as casas do Monte Belo, eram três a quatro meses para completar o
percurso das casas. Para receber a santinha as famílias preparavam bem as
salas, enfeitavam os altares, usavam flores naturais, faziam flores de papeis,
enfeitavam a imagem da santa com arcos de flores de papel crepom, serviam chás,
café, bolinhos, bolachas. Era muito bonita a religiosidade e a educação daquela
gente. Tinha as Folias de Reis, que, ao mesmo tempo, era oração e festejo para
o povo.
De frente com a Igreja tinha uma grande figueira e ali tinha
um coreto, um bar, uma cozinha para fritos e cozidos e fornos para assados. Era
debaixo desta bela árvore que todos os anos nos dias 7 e 8 de setembro
realizava-se a grande festa, a quermesse da Igreja, era uma das festas mais famosas
do município de Colina, vinha gente de toda redondeza de Colina, e até de
Barretos e Severínia.
Cada colônia do bairro tinha um campinho onde os meninos
formavam seus times particulares e disputavam partidas de futebol entre as
várias colônias do Bairro. No riacho tinha vários poços onde os rapazes e
criançada nadavam. Também tinha muitos peixes naquele rio onde pescávamos com
anzol e com peneira. Nos pastos e mangueirões tinha muitas árvores onde a
molecadas brincava e pulava de galho em galho. Caçávamos de estilingue e
armávamos arapuca no brejo e na palhada para pegar saracuras, pombas, rolinhas,
codornas e nhambus. Pulávamos amarelinha e subíamos em pau-de-sebo. À noite no
pasto brincávamos de pega, balança caixão, rabo da raposa, e corríamos atrás de
vaga-lume. No claro da porta da sala no terreiro, brincava de claro-e-escuro,
brincava de cobra-cega e passar anel. Jogávamos tômbola, filipe de café,
bolinha de vidro, trilha de encantoar, trilha dos nove, trilha da onça, rodava
pião, rodava arquinho. Nas festas juninas tinha grandes fogueiras, muita reza,
chás e anizete. Muitas bombinhas, foguetinhos e busca-pés, e malhação no juda.
Em frente a colônia do Henrique Paro tinha uma grande árvore
onde à noite os homens se reuniam para contar causos e piadas. Nessas rodas de
conversas a molecada era excluída, ficavam correndo e brincando pelo gramado do
pasto, mas como moleque é arteiro viviam correndo em volta da árvore só para
escutar as piadas que os homens contavam. Alias, todas as colônias tinham um
ponto para a roda de conversas, citei este como exemplo.
Os pontos de encontro do povo em geral do bairro, e
circunvizinhos, eram: no armazém, na Igreja e no campo de futebol.
Então por tudo isso este lugarejo foi denominado Bairro
Monte Belo.
03 de agosto de 2011/ Nestor de Oliveira Filho
((Monte Belo - Colina SP (1937) foto)) - Professora D. Margarida, nora do Sr. Giacomo Paro, com seus alunos da Escolinha do Monte Belo no ano de 1937. Nessa turma, além de outros, estão Ortência Favareto Paro e Eleutério Paro -(Sobre a Escolinha) No ano de 1915 o Sr. Benedito Paro construiu em sua fazenda uma escola e contratou por sua conta uma professora para dar aulas aos filhos dos colonos. O primeiro prédio da Escola foi de madeira. Anos mais tarde construiu outro de tijolos
1956 - neste documento esta estipulado que o empregado
cuidaria de 5054 cafeeiros.
Que o empregador forneceria gratuitamente ao empregado:
- meios de transporte para ele, sua família e bagagens da
estação mais próxima até a fazenda
- casa de moradia recentemente caiada e preenchendo as
condições higiênicas indispensáveis à vida rural
- pasto para grandes animais na proporção da empreitada do
empregado e sua família
- terras para o plantio de mantimentos fora do cafezal
proporcionalmente aos números de 2 alqueires (1) a cada 8000 pés de que trata o
empregado e sua família.
- terreno para o plantio de hortaliças e pequena criação
junto à casa de moradia
O empregado (mediante os salários adiante estipulados)
obriga-se:
a) a conservar o cafezal a seu cargo sempre no limpo, dando
para isso o número de carpas necessárias.
b) a cuidar assiduamente das desbrotas.