segunda-feira, 11 de julho de 2011

Monte Belo, Colina SP

Monte Belo

Fazenda Antonio Paro - Monte Belo




Sede da fazenda construída em 1924
Grupo Escolar
Figueira da quermesse
Igreja Nossa Senhora Aparecida


1 ? - 2 Giácomo Paro - 3 Benedito Paro - 4 Padre Jaime Garzaro - 5 ? - 6 ? - 7 Angelo Paro - 8 Ernesto Benediro Paro - 9 Antonio Paro (ao lado da igreja de Monte Belo, veja que ainda era janela)

Benedito Paro


Antonio Paro e seus filhos

FAZENDA MONTE BELO - "Bairro Monte Belo"

O início e desbravamento da fazenda Monte Belo se deu no alvorecer do século vinte com a aquisição de uma grande gleba de terras pela família Paro.

O Cel. Luiz Paro (Amábile Vello) construiu sua casa sede da fazenda na margem esquerda do córrego do Monte Belo e seu tio Sr. Benedito Paro (Luiza Cardini) e seu primo Sr. Henrique Paro (Silvia Segantini) construíram as sedes de suas fazendas na margem direita do córrego. Benedito construiu a primeira casa sede de tábuas no ano de 1911 e a segunda de alvenaria no ano de 1924. No ano de 1915 o Sr. Benedito Paro construiu em sua fazenda uma escolinha e contratou por sua conta uma professora para dar aulas aos filhos dos colonos. O primeiro prédio da Escolinha foi de madeira, anos mais ttarde construiu outro prédio de tijolos. E em 1928 construiu a Igreja. Contribuiu também com 2:500$000 para a construção da Matriz São José de Colina. Em 1953 seus filhos Antonio e Giácomo doaram ao Estado um lote de terra onde o Governo, por intermediação do vereador João Paro, construiu um Grupo Escolar, Grupo este que, anos depois para homenagear os doadores do terreno foi denominado Grupo Escolar Benedito Paro e posteriormente Escola Municipal Benedito Paro. (Essa família Paro são descendentes de Luigi Paro e Giovanna Gobbo.)

O Sr. Pietro Paro (Luigia Piveta) construiu ao lado direito do riozinho (para distinguir das outras, essa família denominamos Paro do Zelão).

Também o Sr. Pedro Paro (descendente de Giovanni Paro e Giusephina Bernardi) construiu na margem direita (essa família denominamos Paro de Tres Lagoas).

E mais abaixo seguindo o riozinho a família Alves construiu sua sede à margem esquerda do córrego.

O Bairro Monte Belo divisava com as fazendas: Hespanhol, São Braz, Figueira, São José dos Macacos, Consulta, Spechoto, Hugo Borges, Gurita (família Paro, Parão da Gurita).

Todas as fazendas do Bairro Monte Belo cultivavam café, milho, arroz, feijão, amendoim, abóbora, etc...

No Monte belo tinha um bom campo de futebol todo murado com um bom serviço de bar, onde o time local disputava o campeonato amador organizado pela Liga de Barretos. Dois bons campo de Bótia (Bocha), campo de malhas e debaixo das árvores disputavam ferrenhos torneios de truco e outros jogos de baralhos. Um bom armazém (venda) onde vendia quase de tudo o que o lavrador necessitava; inclusive até aplicava-se injeções à quem necessitava em suas enfermidades. Tinha uma barbearia sempre com bons barbeiros como o Sr Domingos Torelli, o Osvaldo Moretti, Leonildo Panhossi e outros.

Um Grupo Escolar que atendia, além de todas as crianças do Bairro na idade escolar, as crianças de todas as fazendas circunvizinhas ao Monte Belo. Este estabelecimento escolar serviu também por vários anos como sala de cinema, onde todos os sábados à noite rodavam filmes de longa metragens e seriados. Quem doara este projetor cinematográfico foi o Sr. Henrique Paro.

Uma Igreja muito bonita com Missas freqüentes, nessa Igreja tinha a Congregação Mariana, o Apostolado da Oração e a Côrte de São José, uma boa catequese da Primeira Comunhão ministrada por bons catequistas, onde destaco o Sr Antonio Benedito Paro e sua filha Lúcia Paro. A noite tinha a récita do Terço, devoção popular muito participativa pela comunidade, inclusive as crianças, onde moços e moças apos a reza aproveitavam para os encontros e namoros no caminho de volta até a casa da namorada. A meninada voltavam brincando e os adultos casados voltavam contando causos e falando das lavouras.

Todo ano uma Imagem de Nossa Senhora de Fátima peregrinava em todas as casas do Monte Belo, eram três a quatro meses para completar o percurso das casas. Para receber a santinha as famílias preparavam bem as salas, enfeitavam os altares, usavam flores naturais, faziam flores de papeis, enfeitavam a imagem da santa com arcos de flores de papel crepom, serviam chás, café, bolinhos, bolachas. Era muito bonita a religiosidade e a educação daquela gente. Tinha as Folias de Reis, que, ao mesmo tempo, era oração e festejo para o povo.

De frente com a Igreja tinha uma grande figueira e ali tinha um coreto, um bar, uma cozinha para fritos e cozidos e fornos para assados. Era debaixo desta bela árvore que todos os anos nos dias 7 e 8 de setembro realizava-se a grande festa, a quermesse da Igreja, era uma das festas mais famosas do município de Colina, vinha gente de toda redondeza de Colina, e até de Barretos e Severínia.

Cada colônia do bairro tinha um campinho onde os meninos formavam seus times particulares e disputavam partidas de futebol entre as várias colônias do Bairro. No riacho tinha vários poços onde os rapazes e criançada nadavam. Também tinha muitos peixes naquele rio onde pescávamos com anzol e com peneira. Nos pastos e mangueirões tinha muitas árvores onde a molecadas brincava e pulava de galho em galho. Caçávamos de estilingue e armávamos arapuca no brejo e na palhada para pegar saracuras, pombas, rolinhas, codornas e nhambus. Pulávamos amarelinha e subíamos em pau-de-sebo. À noite no pasto brincávamos de pega, balança caixão, rabo da raposa, e corríamos atrás de vaga-lume. No claro da porta da sala no terreiro, brincava de claro-e-escuro, brincava de cobra-cega e passar anel. Jogávamos tômbola, filipe de café, bolinha de vidro, trilha de encantoar, trilha dos nove, trilha da onça, rodava pião, rodava arquinho. Nas festas juninas tinha grandes fogueiras, muita reza, chás e anizete. Muitas bombinhas, foguetinhos e busca-pés, e malhação no juda.

Em frente a colônia do Henrique Paro tinha uma grande árvore onde à noite os homens se reuniam para contar causos e piadas. Nessas rodas de conversas a molecada era excluída, ficavam correndo e brincando pelo gramado do pasto, mas como moleque é arteiro viviam correndo em volta da árvore só para escutar as piadas que os homens contavam. Alias, todas as colônias tinham um ponto para a roda de conversas, citei este como exemplo.

Os pontos de encontro do povo em geral do bairro, e circunvizinhos, eram: no armazém, na Igreja e no campo de futebol.

Então por tudo isso este lugarejo foi denominado Bairro Monte Belo.

03 de agosto de 2011/ Nestor de Oliveira Filho



Tuniquim e seu neto Paulo Ricardo Paro

Bairro Monte Belo Colina SP (2012)

Nilza, Tonico, Lúcia

Nestor e Juvenal de Souza

Lúcia Paro e Matilde Paro

Bispo Diocesano de Barretos Ministrando Crisma em Monte Belo

Anoitecer em Monte Belo

Cana e seringueira

Fazenda Antonio Paro - Monte Belo



Paineira atrás da Igreja de Monte Belo

Igreja Nossa Senhora Aparecida -  Monte Belo 2010

Pau-Pólvora - fazenda Antonio Paro - Zenaide Paro Tonus de Oliveira e filhos 1976 - ja não existe essa árvore




Lucia Paro - Antonio Paro Filho - Nilza Spechoto Paro - Isabel Paro Tonus - Zenaide Paro Tonus - atrás José Luiz dos Santos
na casa do Ricardo




Rita e Ricardo

Vanessa, João Paulo, Zenaide, Nestor, Nilza, Paulinho, Bel, Ricardo, Paulo Ricardo, Rita
cozinha da casa do vovô Paro (2010)

((Monte Belo - Colina SP (1937) foto)) - Professora D. Margarida, nora do Sr. Giacomo Paro, com seus alunos da Escolinha do Monte Belo no ano de 1937. Nessa turma, além de outros, estão Ortência Favareto Paro e Eleutério Paro - 
(Sobre a Escolinha) No ano de 1915 o Sr. Benedito Paro construiu em sua fazenda uma escola e contratou por sua conta uma professora para dar aulas aos filhos dos colonos. O primeiro prédio da Escola foi de madeira. Anos mais tarde construiu outro de tijolos

Professora Dona Ercília e seus alunos Grupo Escolar - finais da década de 1950



Maria Regina Marini - Zenaide - Marinisa




Marinisa, José Paulo, tia Nilza, Maria Eugênia 

Nilza e Valdemar Velo

1ª turma de formandos do Grupo Escolar - 1954

Grupo Escolar 1960 - Maria Antonia Costódio, Vera Lúcia Paro, Conceição Alves , Zenaide Paro Tonus, Maria Eugênia Paro, Maria Flauzina, Nadir Cestari, Maria Aparecida Conti, 

Congregados marianos 1957

Diplomados do Grupo Escolar de 1957 -  1) Antonio José Alves, 2) Nestor de Oliveira Filho, 3) José Mário Tonus, 4) , 5) , 6) , 7) , 8) , 9) Agenor Damascena, 10) Ismênia Damascena, 11) Rosa Maria Paro, 12) Luzia Hespanhol, 13) Maria Antonieta Hespanhol, 14) Antonio Pires de Oliveira, 15) Antonio Celso Paro, 16) Maurícia Talasso, 17) Claudenir Paro, 18) José Fávaro, 19) Maria Amábile Meneguello, 20) Maria Jacinta Fogalli, 21) Luzia Casagrande, 22) , 23) , Elza Paulino, 24) Marilda Regina Paro, 25) Amável Rosano Paro, 26) Antonio Paro sobrinho (Lacinha), 27) Prof. Nivaldo de Paula Souza (Diretor.)

Padre Antonio Santicliements Torras, Aurélia, José Antonio, Guerino, Vó Guisephina, Maria do Carmo, Maria de Lourdes, Zenaide e Maria Isabel (1962) Nosso sítio Monte Belo 
Luiz Antonio Paro, Nilo Pérsio Paro, Santa Tonus Paro

José Mário, Vó Phina, Zenaide, Aurélia, Bernadete, José Antonio, Guerino, Lourdes, Carmem, Isabel


Quermesse no Monte Belo 2001- João Paro, Cláudia Hespanhol Tonus, Zenaide, Emílio Paro de costas

Quermesse no Monte Belo 2001

Tio Tonico

1956 - neste documento esta estipulado que o empregado cuidaria de 5054 cafeeiros.

Que o empregador forneceria gratuitamente ao empregado:

- meios de transporte para ele, sua família e bagagens da estação mais próxima até a fazenda

- casa de moradia recentemente caiada e preenchendo as condições higiênicas indispensáveis à vida rural

- pasto para grandes animais na proporção da empreitada do empregado e sua família

- terras para o plantio de mantimentos fora do cafezal proporcionalmente aos números de 2 alqueires (1) a cada 8000 pés de que trata o empregado e sua família.

- terreno para o plantio de hortaliças e pequena criação junto à casa de moradia

O empregado (mediante os salários adiante estipulados) obriga-se:

a) a conservar o cafezal a seu cargo sempre no limpo, dando para isso o número de carpas necessárias.

b) a cuidar assiduamente das desbrotas.












Bepim Paro
Casa de Guerino e Aurélia





Casa do Antonhão Paro

Lavoura de laranja - Monte Belo

Cana de açúcar e álcool - lavoura em Monte Belo, Colina SP


Cachaça Piraporanga tipo exportação - Monte Belo/Cachoeira